Vetos na Lei do Ato
Médico ampliam crise entre entidades e o ExecutivoA presidente Dilma Rousseff
retira da lei que regulamenta a medicina os artigos mais polêmicos, que criavam
uma espécie de "reserva de mercado" para determinadas atividades que,
hoje, podem ser praticadas por outros profissionais. Associações reagem
Sem os vetos no Ato Médico, aplicação de injeções e
tratamentos com acupuntura só poderiam ser feitos por profissionais formados em
medicina
Os 10 vetos feitos na Lei do Ato Médico pela presidente
Dilma Rousseff amplificaram a crise entre as entidades de classe e o Executivo.
A sanção do projeto foi publicada na quinta-feira (11/7) no Diário Oficial da
União e as associações de médicos já avisaram que vão deixar as cadeiras que ocupam
em fóruns governamentais, como o Conselho Nacional de Saúde, e organizar
protestos e paralisações. O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM),
Roberto d’Ávila, disse que a categoria se sentiu “traída” pelas outras
profissões, que apoiaram os vetos, e pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
“Os vetos mutilam e ferem de morte o projeto, mas vamos lutar para derrubá-los.
Esperamos que o Congresso Nacional não se curve, já que foi um trabalho muito
sério o que fizemos”, lamentou d’Ávila.
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salarial
O presidente do CFM vai levar à plenária da entidade uma
proposta radical: abandonar o governo. “Eu vou sugerir que o Conselho Federal
tome a decisão na semana que vem, na plenária, de saída de todas as comissões e
câmaras técnicas junto ao governo.” A entidade participa de pelo menos 10
câmaras técnicas e de 20 conselhos ou grupos de trabalho, em diferentes
ministérios.
“Institucionalizaram o charlatanismo no Brasil, ao permitir
que se use mão de obra não médica para diagnosticar doenças”, exagerou Geraldo
Ferreira, presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), que organizou
um calendário de protestos da categoria para os próximos dias, contra os vetos
e, também, o Programa Mais Médicos.
Tomado de correio braziliense
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