Entre os
dias 20 e 23 de junho, uma frente fria chega aos cafezais mineiros
Dias após
uma chuva repentina de granizo, que causou fortes danos às lavouras de café na
região de Itamogi, no sul de Minas Gerais, a colheita pode voltar a ser
prejudicada e até mesmo ser interrompida nos próximos dias. De acordo com os
meteorologistas da Climatempo, a umidade relativa do ar e as chuvas tendem a
aumentar, o que torna a secagem nos terreiros inviável ou muito demorada, pois
este fator força o produtor a usa mais secadeiras elétricas, o que eleva os
custos de produção.
De acordo
com a meteorologista da Climatempo, Josélia Pegorim, a previsão para os
próximos dias não é nada animadora. A circulação dos ventos sobre a América do
Sul vai forçar a organização de áreas de instabilidade e a previsão é de chuva
frequente. Até a próxima terça-feira (18) o tempo não chega a ficar chuvoso nas
regiões cafeeiras de Minas Gerais. A as pancadas devem ocorrer com períodos sol
e não serão de forma generalizada. A tendência é que a umidade se mantenha
acima do normal para esta época. Entre 20 e 23 de junho, uma forte frente fria
deve trazer mais chuva para os cafezais mineiros, prevê Josélia.
Para o
engenheiro agrônomo João Pedro de Andrade Gomes, da Cooparaíso/núcleo Itamogi,
as chuvas, além de encarecer os custos de produção, atrasam ainda mais a parte
final da colheita em diversas lavouras da região. Os terreiros de café estão
próximos ao pico de produção e, com a previsão de chuvas mais constantes, os
grãos podem fermentar e perder qualidade rapidamente na fase que se dá após a
colheita.
De acordo
com o estudo de acompanhamento de safra executado pela CONAB – Companhia
Nacional de Abastecimento, nesta safra, a produção do estado de Minas Gerais
está estimada em 25.496 mil sacas de café, com variação percentual de 2,33%
para mais ou para menos. A produtividade média do estado atingiu 24,62
sacas/ha. Em comparação com a safra anterior, a estimativa sinaliza um recuo da
produção cafeeira em 5,4%, que se deve basicamente à bienalidade negativa da
cultura, minimizada pela expectativa de uma boa safra de café nas regiões que
apresentam inversão da bienalidade.
Perdas
recentes nas lavouras de Itamogi
Em Itamogi,
a área total plantada está avaliada em 8 mil/ha e a produção estimada é de
aproximadamente 120 mil sacas, nesta safra atual. Contudo, no dia 28 de maio,
uma chuva de granizo repentina, que durou cerca de 20 minutos, causou danos a
diversas lavouras. Ainda segundo Gomes, aproximadamente 40 produtores registraram
perdas, que estão em torno de 1000 hectares danificados.
Como o
granizo se forma?
Marcelo
Pinheiro, meteorologista da Climatempo, explica que “o calor, a alta umidade e
as fortes correntes de ar que existem dentro das nuvens de grande desenvolvimento
vertical (cumulonimbus) favorecem a formação do granizo. As pedras de gelo
aumentam de tamanho à medida que são transportadas por estas correntes de ar
até atingirem um determinado peso e tamanho. Eventualmente, o granizo torna-se
pesado demais para ser levado novamente à ascensão, por isso cai em direção a
terra”.
TOMADO DE
ENVÍO DE CLIMATEMPO DE BR
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